Empresas associadas ao Sindicato de Operadores Portuários do Maranhão (Sindomar) foram responsáveis por 70% da movimentação de cargas no Porto do Itaqui registrada no primeiro semestre do ano. Nesse contexto, o volume total de carga movimentada no período chegou a quase 17 milhões de toneladas, o que representa um crescimento de 7% em relação ao primeiro semestre de 2022, segundo relatório da Empresa Maranhense de Administração Portuária (EMAP).
De acordo com o presidente do Sindomar, Raul Lamarca, o primeiro semestre de 2023 é um reflexo da história da evolução de cargas dentro do Porto do Itaqui. “Os operadores portuários do Maranhão movimentam principalmente os granéis sólidos vegetais, como a soja e o milho; os granéis minerais, no caso do cobre e dos fertilizantes; e também as cargas gerais, como celulose e trilhos, e outras cargas de projeto”, pontua.
Desse total, mais de 12 milhões de toneladas foram movimentadas pelos operadores portuários do Sindomar no primeiro semestre, um crescimento de 8,17% em comparação com o mesmo período do ano passado. Nesse cenário, destacam-se a soja (8,1 milhões de t), fertilizantes (1,5 milhões de t), milho (1,05 milhões de t) e celulose (812 mil t). Os operadores do sindicato também transportam cobre, ferro gusa, carvão, manganês, clínquer, farelo de soja, calcário, trigo, arroz, carga geral e trilhos.
Nos últimos dez anos, os operadores associados ao sindicato investiram mais de 2 bilhões de reais em ativos dentro do complexo portuário de São Luís. São estruturas e equipamentos de grande porte como armazéns, pátios de armazenagem, carregadores de navios, guindastes, entre outros.
Foram realizados investimentos não só em equipamentos, mas também em pessoas, porque esses investimentos demandam a contratação de mão de obra que, no caso das empresas associadas ao Sindomar, principalmente na parte operacional, quase 100% têm mão de obra maranhense.
Do ponto de vista da geração de empregos, a operação portuária requer mão de obra altamente qualificada, incluindo operadores de equipamentos, técnicos, engenheiros, administradores, logística, entre outros. Em 2022, mais de 16 mil empregos diretos e indiretos foram gerados pelas cadeias produtivas ligadas ao Itaqui.
Isso gera desenvolvimento para São Luís e para o Maranhão. “É importante lembrar que toda vez que um caminhão entra ou sai do porto com carga gera o imposto ISS, que é recolhido pela Prefeitura da capital. Toda vez que uma carga é importada e nacionalizada no Itaqui é gerado o ICMS para o Governo do Estado. Então, a nossa atividade portuária gera impostos que permitem aos governos municipal e estadual investirem na melhoria dos serviços públicos”, ressalta o presidente do Sindomar, Raul Lamarca. Nesse contexto, mais de 35% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços – ICMS, vem por meio da nacionalização de combustível.
Sobre os resultados da movimentação de cargas ao final de 2023, Raul Lamarca prevê que o Porto do Itaqui ultrapasse os números do ano passado. “A tendência mostra que o total de cargas movimentadas deve alcançar de 34 a 35 milhões de toneladas para 2023, sendo um ano muito positivo também para movimentação dos nossos associados”, conclui.